segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Olhar de pensar para se pensar

Aquele olhar eu tenho a total certeza de não estar vago, apenas olhando e contemplando o nada. Admirando o vazio, ela olhava e pela fisionomia de seu rosto estava a pensar, mas o que seria? O que passava pela cabeça a qual observei naquele estranho momento? Entre uma virada de página, aqueles olhos mostraram a mim um dos mistérios mais profundos e talvez a outros olhos o mais profanos. Pegou-me de susto ver minha gata com semblante pensativo enquanto lia e sussurrava um trecho de um livro...
“Os conhecimentos podem ser transmitidos, mas nunca a sabedoria”
Será que ela, assim como eu, estava a refletir o que a informação que daquele livro saíra?

Eu me vi perdido sobre o que deveria pensar se na frase ou a gata... no que eu deveria pensar? Se gatos pensam ou se posso dizer que tenho mais conhecimento do que sabedoria? Pedi a gata então e ela olhou para mim e com sua cara de sono voltou a dormir. Decidi então aprofundar na frase, na vida e no mundo. Assim passei a tarde com aquela coisa na cabeça, meio perdido, meio encontrado em um livro em um olhar de gato.

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