Há cerca de
duas semanas encontrei atrás de meu monitor um “anjinho” (aquelas bolinhas
brancas que saem das plantas e ficam voando por ai sem rumo) preso em uma teia
(bom eu deixo as aranhas trabalhar aqui). Quando eu o encontrei pela primeira
vez sem querer chamei-o por “sonho”. Quando percebi o erro, eu dei uma risada
sozinho no quarto, mas logo fiquei sério. Um sonho preso em uma teia!
Comecei a
analisar, de certa forma meu sonho também se prendera em uma teia e como não
gosto nem um pouco de saber disso. Com a intenção de me motivar sempre que
visse aquele “sonho” preso naquela teia ali o deixei. Passada as duas semanas a
teia caiu pelo peso da poeira que acumulou, isso me assustou, será que deixarei
meus sonhos caírem com o tempo?
Neste
momento olhei não para o futuro, mas sim para o passado e vi quantos sonhos
tive que caíram com o passar dos anos. Fiquei espantado. Temendo pelo meu
futuro olhei então para o presente e achei um motivo para dar um suspiro de
alívio. Tive inúmeros sonhos que a vida me “impediu” de realizar e olhei que na
verdade eu que em certo momento os abandonei ou substitui por outros. Resumindo
nunca parei de sonhar, mas agora tenho mais consciência dos meus sonhos e mais
gana para realizar-los. Entenda, quis ser soldado e lutar pelo país (barrado
por usar um remédio), quis ser músico para criticar e marcar as pessoas (tive
um problema nos nervos da mão que me impossibilitaram), neste momento eu tenho
o sonho de ser escritor (ou poeta, não me faz diferença o título) se perceber
bem poderei fazer ou realizar aquilo que sonhava agora de uma forma diferente. Agora
lhe pergunto a questão que encontrei:
“Será que os
sonhos mudam apenas de aparência mantendo-se na essência?”