segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Facas, acas, cas, às

A faca veio, aliás ela sempre vem! Coitado de mim ser cortado e ter parado o nada para algo de suma importância. Devolveram o meu coração! Lembraram como ele funciona e desta maneira não posso ser diferente daquilo que tenho! Não devo ter vergonha, ou devo, tanto faz na real. Ter alguém que acredita na minha loucura me faz me sentir um tolo! Tolo por ter um amigo que precisa perder seu tempo para me lembrar o que sou, mas amigos são assim e assim vou viver, sendo amigo.
A teia estava começando a acumular e fora preciso um simples tapa, um girar de cabeça, um ângulo diferente! Precisava ver o espelho que tanto pó pegou que só via a teia! Onde está a aranha? Seria eu esta pobre e nefasta criatura? Seria eu um verme de Kafka e estaria a passar a gosma por tudo o que tenho ao meu alcance? Não sei, apenas sei que tenho quem me lembre da minha loucura!
E você o que tem o verme ou a loucura? É a aranha que se prendeu na própria teia? Me diga quem tu és, que não direi nada, pois para mim é irrelevante! Mas responda a ti, pois deve lhe ser fundamental!

segunda-feira, 20 de julho de 2015

Aos amigos!

O tempo passou com uma violência por mim, perdi algo que não fora só uma data, perdi aquilo que não sei nem mesmo dizer o que é. Faço ausente para tantos e até para mim, quem sou eu mesmo? A própria loucura que encaro todo dia? Será que cai nas teias de minhas ocupações? De estresses que uma lista tão seleta de amigos que conseguiriam me entender?
Hoje percebi do que tanto me esquivo. Sou um fugitivo de mim. Corri tanto para ficar em paz, que tortamente isso me levou a buscar a uma espécie de “momento a só”.  Alguns de meus grandes amigos estão longe. Preciso apenas do que então? Os trazer de volta? Aproximar? Estou morto demais para isso. A teia é tão fina, mas ainda me segura tão bem... É incrível como é confortável a espera da morte. Ela desfila e aos poucos nos leva da aparência, da personalidade, de alguns hábitos e de nós mesmos.

Hoje vejo que poucos estão com tamanha destreza pra entender que o mundo está como uma faca. CORTE-ME! E me ensine a me dividir. Em quantos amigos quiserem de mim alguma parte. Alguém arranque de mim o medo de me perder em tantos outros. Pois novamente já estou aqui confessando que recém me achei.