domingo, 29 de julho de 2012

A necessidade e o sonho


Todos nós temos necessidades e também sonhos. Uns os confundem, outros parecem deixar-los de lado, mas todos sabem o que querem. Sabem mesmo?
A necessidade, mãe da invenção, faz o homem correr atrás daquilo que o momento o mostra fazer falta, fazendo do homem escravo ou de dinheiro para adquirir o que precisa, ou de pensamentos para resolver a sua questão. A necessidade mostrasse intensa perante o seu portador, diferente do sonho ela exige aquilo para o “agora”, “depois” é muito tarde. Se há algo que podemos dizer dela é que ela nos controla muitas vezes.
O sonho, a engrenagem humana, faz o homem andar em direção aquilo que o fará feliz, fazendo do homem um credor do que é capaz. Sonhar não escraviza, apenas encanta aquele que o tem. O sonho nunca é intenso, mesmo quando vivemos por um tempo nele (sonho realizado) aos poucos perde o encanto e temos que criar um novo sonho. E se existe algo que digo dos sonhos é que muitas vezes não os controlamos.
Mas escrevo sobre eles por outro motivo que me chamou a atenção. Temos a facilidade de ter desejos e a dificuldade de termos sonhos. Questione se agora, o que você precisa? Qual é o seu sonho? Você pode ter apenas uma resposta, pois como lhe disse às vezes eles se misturam. Pode ter uma resposta para cada um, o que para mim hoje, vejo ser raro nas pessoas. E também pode apenas dizer o que precisa, pois não sabe exatamente qual é o seu sonho. Não se preocupe a necessidade por ser tão intensa acaba fazendo se tornar algo prioritário, muitas vezes tanto que os sonhos ficam de lado.
Se eu posso lhes dizer algumas coisas é que, na grande maioria das vezes, a necessidade se confunde com o sonho e vice e versa, também posso dizer que é sonhar é uma necessidade e que somos frutos deles, pois os resultados dirão quem nós somos e como somos.

sábado, 28 de julho de 2012

Eu ainda acredito em destino.


Hoje percebi que nem sempre o que queremos é aquilo que precisamos. Após uma noite mal dormida, minha cabeça criou um objetivo quase que com vontade própria, simplesmente desabafar. Ideia não muito estranha quando parece que o mundo quer lhe empurrar para baixo e te ver no chão, mas não, desta vez o que sentia era a apenas a necessidade de desabafar.
O dia começou com normalidade trabalhei um pouco de manhã e quando notei já esperava o almoço. A única pessoa com quem podia dizer meus problemas não poderia falar comigo. Esperei a noite após o trabalho, porém havia uma janta para ir. Minha cabeça ao chegar à minha casa e saber que não teria muito tempo para ter a conversa elabora um texto, porém o seu possuidor teve preguiça por saber que aquilo não o ajudaria em nada.
Quando cheguei à janta me lembrei que um amigo queria ter uma conversa privada. Eu sabia disso há um tempo, acabei esquecendo isso por causa do meu dia. Em uma altura da noite, ainda cedo, vamos a um lugar reservado e conversamos.
Acredita em destino? De certa forma eu tive inúmeros motivos para acreditar e hoje mais que quando era criança acredito. Meu amigo me falou sobre o que desenrolou de sua vida amorosa, em desabafo, me contou seus últimos anos. Vi nele um tanto do meu presente e uma possível hipótese de futuro. Naquele instante minha alma sentiu a paz. Estranha, quieta e reveladora quando acabou aquela conversa meus sentidos me disseram em um coro gritado “saia daí”. Me despedi de todos e sai caminhando para casa, ouvi minha cabeça falando enquanto caminhava pelas ruas desertas, desabafando para o vento, sim meu velho amigo de infância o vento. Senti-me infantil quando me viram falando sozinho, mas a paz dentro de mim era tanta que aquilo era de menos. De certa forma me senti bem e isso era o que queria naquele dia. Quando cheguei à minha casa me arrumei e dormi, só acordei para tomar uma água e novamente dormi.
Quando você quer falar saiba ouvir e isso foi o que aquele dia me mostrou sabiamente. Do que adianta ter um diploma de filosofia, ler livros de grandes pensadores e mesmo assim ignorar as pessoas simples que falam de coração o que sentem e sabem. Todos nós temos um cérebro e um coração, às vezes, um não entende a vontade do outro e isso é normal. Minha cabeça queria o desabafo, meu coração queria paz e meu amigo queria desabafar o que me daria paz, estranho como estávamos no tempo certo.
Não sei se era o único que tinha uma visão de que apenas célebres filósofos teriam as respostas para meus dilemas e hoje tenha a noção de saber que estava errado, eles não foram os únicos a ter esses problemas, nem mesmo os primeiros e nem os últimos. Descobri que aprendi mais em uma conversa de peito aberto do que em uma aula de faculdade.
 PS: o título deste texto era para ser “eu ainda acredito no amor”, por ter sido a única frase que me lembro de ter falado enquanto à minha casa retornava. Apenas troquei por achar que o “destino” faria mais sentido como título.

terça-feira, 24 de julho de 2012

formadoras de gênios?

A faculdade nunca foi e nunca será a formadora de gênios a meu ver. Dizer que a faculdade que cursa é o que vai fazer a diferença na sua profissão é muita besteira para meus ouvidos, do que adianta ter um canudo se não temos nenhuma vontade de sermos os melhores na área em que desejamos trabalhar.
A única coisa que vejo na faculdade e que ela deveria ser realmente levada a sério como um ensino superior e só. Dizer que a faculdade muda a sua vida é uma tremenda asneira, quem muda a sua vida é você com atitudes. “Essa faculdade mudou minha vida”, ouvir isso é que nem ouvir um “graças a Deus”, parem de dar créditos a coisas que dependem muito mais das pessoas do que a uma entidade que julga você pelo o que você “decorou” durante um curso ou uma entidade religiosa que nada tem a ver com o acontecido (Nem vou mencionar quando ouço “graças a Deus passei no vestibular”).
È importante ter estudos, isso sem dúvidas, mas mais importante ainda é usar o que aprendeu e buscar muito mais. Faculdade é algo bom sim, mas achar que só porque uma pessoa se formou em uma de “renome” ela é melhor que outra que se formou em outra qualquer é uma ilusão. As faculdades podem servir o melhor professor e a melhor sala, pena que somente o aluno é quem vai dizer se quer aprender ou não.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Perguntas


Se lhe disser que todas as palavras perdem o sentido com o tempo? Que toda ferida novamente aberta pode se curar bastando apenas limpar-la? Que todos erram e isso não quer dizer que não teve um lado bom e que estar certo pode lhe custar caro? Como você se sente?
Se lhe mostrasse que entendemos aquilo que queremos e não aquilo que foi dito ou escrito? Se te provasse que temos como aprender de tudo e mesmo assim não temos curiosidade para aprender algo? Que não adianta conhecer o mundo, se você nem ao menos conhece a si mesmo? O que você acha?
Se lhe comprovasse de que os sentimentos dos outros não alimentam os seus, mas que você pode alimentar tanto os dos outros como os seus? Que a vida não para por nenhum capricho seu, por nenhum pedido seu ou escolha sua? Que toda pergunta pode ter mais de uma resposta e isso não quer dizer que todas elas estão certas ou erradas? Qual é a sua certeza?
Se falasse que o amor é a muda que nasce sem querer da semente chamada paixão? Que a paixão deve receber esforços de pessoas que querem ver-la crescer e ficar forte, se não ela apodrece e morre, machucando quem a não queria ver-la morrer? O que você sente?
E lhe perguntar se acha que o fato de não saber exatamente o que penso sobre isso tudo não me impede tentar? Que a alegria não esta na festa, mas sim naquilo que goste de fazer? Que o bem e o mal são a mesma pessoa e como você o define mostra como você é? Que depois de todas essas perguntas a única coisa que fez foi somente ler-las e nem me mesmo se questionou de algo?

domingo, 15 de julho de 2012

"Ter" e "Ser"

“Ser” e “Ter” vivem em um lugar chamado “Minha cabeça” e discutem noites e dias. “Ser” se diz melhor, pois segundo ele não precisa de provas “somos o que somos” é seu lema. Mas lá do outro lado “Ter” ri, defendendo que hoje para o “Ser” estar feliz é mais do que necessário a sua presença, ele hoje é o mais importante, a “sociedade” o escolheu! “Ser” se sente um pouco impotente com esse comentário, pois isso hoje é mais do que verdade, ele havia notado que a “sociedade” o deixara de lado. Um pouco abalado por isso o “eu” tenta ajudar-lo, mas os dois se sentem fracos porque a “sociedade” é opressora, narcisista e muitas vezes cruel. “Eu” é contra a “sociedade” por causa de seus defeitos e ela é contra o “Eu” por causa de sua independência. “Ser” busca refúgio na independência do “Eu” e conseguem seguir felizes, “Ter” com inveja quer que a “Sociedade” destrua aquilo, ninguém pode encontrar a felicidade sem ele. Quer que continue ou já sabe como termina?

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Homens amam e mulheres se apaixonam


No quinto dia de namoro, minha sogra ao ver eu e minha namorada dizendo que nos amávamos perguntou a mim e sua filha. Como sabíamos se era amor?
Essa pergunta me desnorteou. Deixou-me na hora sem nenhuma resposta e muito me fez pensar. Hoje, depois de algumas experiências e histórias notei algo. A paixão do homem pela mulher é o período entre o conhecer-la até seu amor ser correspondido, após isso ele constrói um sentimento sólido acerca do que senti.
O período de paixão da mulher é mais longo que o do homem. Começa no mesmo ponto que o do masculino, porém termina depois de um tempo de convivência afetiva. Após isso ela interpretará se o que sente ou é amor ou apenas uma paixão passageira.
Há somente uma maneira de saber se o que existe é amor mutuo e essa maneira pode machucar muito. Isso que escrevi acima não é exclusividade de cada sexo, já vi casos contrários, porém a maioria se sucedeu assim.