A busca por mim mesmo às vezes se torna incessante, até hoje, nunca foi cansativa. A solidão, o álcool e a visão no nada deslumbrando tudo são gasolinas que preciso incendiar para algo cujo resultado se mostra oculto.
Para que bem vem a loucura, se não é para rirmos de nós mesmos? O que escrevo agora é uma contemplação da página em branco, uma brincadeira com o lápis e uma dança de palavras que até tem sentido. Sentindo isso constatamos o delírio, a sensação que a solidão cobre nossas cabeças é de certa forma o mais puro grito de desespero da alma, que já não tem mais o outro para se preencher. "Agora é você e você mesmo!" O que dai sair é seu!
O álcool o desnecessário necessário nos amplia, nos imunda de nossas próprias ânsias, pensamos que o bebemos, mas aos poucos é ele quem nos suga. Ficamos secos, ficamos sem energia, ficamos outros.
O olhar desatento é sina para tudo ver. Vê mais longe quem não consegue ver apenas um, acreditando que aquilo é o todo, Uma visão sem foco é mais abrangente, mais confusa e divertida.
Talvez eu tenho dado a fórmula básica da loucura, pelo menos da minha só sei que sem isto na minha vida eu deixo de ser eu. E então quem eu poderia ser? Ah antes que me esqueça. vivam sem mim, vivam comigo, vivam! Lutem, amem, sonhem, transformem, riam busquem o que querem, só não esqueçam que de longe ou perto continuarei a torcer por todos.
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