segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

vendo sonhos

Acostumado com a vida corrida de trabalhador que tinha seguia para o batente, como tinha me atrasado um pouco cortei o café da manhã para poder chegar um pouco mais cedo.Neste dia encontrei um homem era um senhorzinho, simpático e sorridente. Ele sobre seu cassaco de cor cinza havia uma placa amarela com letras vermelhas escrito "vendo sonhos". Eu com fome e pressa para ir ao trabalho, um tanto curioso com aquele senhor, o pedi um sonho. O homem ao ver meu pedido, fez uma careta e disse que teria que caminhar um pouco com ele, a fome era tanta que eu aceitei, fomos caminhando pela rua principal da cidade, bem dizer a única rua asfaltada naquela minúscula cidade.
 Mas a padaria não chegava nunca e eu olhava para ele e ele olhava para mim e ficava cada vez mais sério. Até que em um ponto ele pedia para sentar, como não havia bancos sentamos no meio fio. Então ele começou a falar;
" Incrível, não acha, esta cidade é tão pequena, que não nos deixa nem sonharmos por nossa conta. Olhe para essas poucas pessoas que aqui transitam, elas têm em suas mentes que todos os sonhos só se podem ser realizados fora daqui, pois aqui, dizem elas falta tudo... Devo lhe dizer também que nas cidades grandes acontece o mesmo só mudam mesmo as desculpas, 'essa cidade é muito grande, muitos já fracassaram nisso, não terá público para manter' dizem elas. Mas me responda, se sonhar é algo que vêm de dentro de nós, por que precisamos tanto de aprovação?"
Eu olhei para aquele senhor e fiquei pensando em todos meus sonhos. Ele ia se levantando e eu o questionei o quanto lhe devia e ele sabiamente dizia "sonhar não custa nada".

Nenhum comentário:

Postar um comentário