segunda-feira, 28 de novembro de 2016

AO SOM DO CAFÉ

AO SOM DO CAFÉ

2 § Já comecei então, se eu for louco o suficiente continuarei. Ela dona daquele sorriso, sim tu mesmo… Eu queria a ter em minha cama, deitada, podia estar dormindo e roncando, acharia a maior graça. Mas ela viajava, não sei para onde, nunca a questionei o que ela fazia, seja na vida profissional ou na pessoal. Ela é bem ciente de si, saibam vocês. Às vezes a infantilidade dela competia com a minha. E aos que leem isso é sempre maravilhoso, bom vocês já devem saber. Eu a mandei uma mensagem e saí da cama. Mesmo ela querendo o meu corpo (falo da cama). Fui preparar um café. O leite azedo na geladeira, o café solúvel (que nem consigo hoje chamar aquilo de café, ainda bem que acabou), me obrigaram a passar um café. Minha obrigação daquela manhã era escrever um artigo científico. Pareço alguém importante dizendo isto, mas era apenas um trabalho para entregar. Vida de estudante. Mas voltando a parte mais interessante deste parágrafo. Podia dizer que o café estava bom ou que aguardava um retorno do “bom dia” enviado. O que acontecia na minha cabeça era o mundo girando como um relógio em minha cabeça com as engrenagens cortando a minha alma. Ela iria me responder, às vezes, quando em domingos, ela responde na segunda. Nada que não me abala um pouco, mas depois da segunda vez que acontece eu meio que entendi que o domigo dela é para ressacas e camas. Os meus que são meios confusos, acho que quando se mora sozinho a rotina vira uma coisa que não amamos, mas respeitamos. No final de semana não há muito o que respeitar. Logo, ou bebo, ou festa, ou visito algum familiar, ou… Ela respondeu… Um áudio.... Depois eu escrevo nisso…. como se estivesse escrevendo no dia....

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