terça-feira, 23 de outubro de 2012

Talvez eu já tenha escrito a carta

“Quanto tempo faz.... “ Hoje notei como estou me renovando como pessoa, ouvir uma velha canção e realmente a entender-la é algo que lhe faz parar e refletir. É incrível ouvir velhos versos com novos sentidos. Culpa de minhas experiências algumas, de fato, novas e outras nem tanto. Acho que em todas as pessoas as músicas marcam alguma fase de suas vidas, outras ap
enas passam por nossos ouvidos, num desfile praticamente alegórico, só de bonito. Mas como obras de arte muitas têm sentimentos e estes podem ser sentidos de várias maneiras. O fascinante é ficar um bom tempo sem escutar algo que ouvia muito um tempo atrás e adentrar em um sonoro túnel do tempo em nossas cabeças.

Tem músicas que hoje já não escuto mais, elas perderam o sentido ou ganharam outro dentro da minha cabeça, mas me lembro que as cantava com a maior alegria. Hoje só as escuto e me lembro daquele tempo, saudades? Talvez, porém a.... porém eu estou mudando, vejo pelo o que escuto e como escuto, pelo o que falo e como falo.
Espantei-me quando em uma parada de ônibus dialoguei com uma mulher que na época cursava Psicologia, no meio da conversa ela me interrompe e diz: “já começou filosofando”. E deu uma risada, olhei para mim e pensei: “puts, será que estou assim o tempo todo?” As mudanças acontecem de dentro para fora e o que agora pode entrar, ingressa com uma nova compreensão.
Já não perguntou quem sou, mas quem eu posso ser já que não sou o mesmo ouvinte e espectador? Que músicas eu escutarei e de fato a entenderei com uma visão ou experiência parecida com a do seu autor ou autores. Isso só o tempo dirá, só mesmo o tempo pode dizer.

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