sábado, 28 de julho de 2012

Eu ainda acredito em destino.


Hoje percebi que nem sempre o que queremos é aquilo que precisamos. Após uma noite mal dormida, minha cabeça criou um objetivo quase que com vontade própria, simplesmente desabafar. Ideia não muito estranha quando parece que o mundo quer lhe empurrar para baixo e te ver no chão, mas não, desta vez o que sentia era a apenas a necessidade de desabafar.
O dia começou com normalidade trabalhei um pouco de manhã e quando notei já esperava o almoço. A única pessoa com quem podia dizer meus problemas não poderia falar comigo. Esperei a noite após o trabalho, porém havia uma janta para ir. Minha cabeça ao chegar à minha casa e saber que não teria muito tempo para ter a conversa elabora um texto, porém o seu possuidor teve preguiça por saber que aquilo não o ajudaria em nada.
Quando cheguei à janta me lembrei que um amigo queria ter uma conversa privada. Eu sabia disso há um tempo, acabei esquecendo isso por causa do meu dia. Em uma altura da noite, ainda cedo, vamos a um lugar reservado e conversamos.
Acredita em destino? De certa forma eu tive inúmeros motivos para acreditar e hoje mais que quando era criança acredito. Meu amigo me falou sobre o que desenrolou de sua vida amorosa, em desabafo, me contou seus últimos anos. Vi nele um tanto do meu presente e uma possível hipótese de futuro. Naquele instante minha alma sentiu a paz. Estranha, quieta e reveladora quando acabou aquela conversa meus sentidos me disseram em um coro gritado “saia daí”. Me despedi de todos e sai caminhando para casa, ouvi minha cabeça falando enquanto caminhava pelas ruas desertas, desabafando para o vento, sim meu velho amigo de infância o vento. Senti-me infantil quando me viram falando sozinho, mas a paz dentro de mim era tanta que aquilo era de menos. De certa forma me senti bem e isso era o que queria naquele dia. Quando cheguei à minha casa me arrumei e dormi, só acordei para tomar uma água e novamente dormi.
Quando você quer falar saiba ouvir e isso foi o que aquele dia me mostrou sabiamente. Do que adianta ter um diploma de filosofia, ler livros de grandes pensadores e mesmo assim ignorar as pessoas simples que falam de coração o que sentem e sabem. Todos nós temos um cérebro e um coração, às vezes, um não entende a vontade do outro e isso é normal. Minha cabeça queria o desabafo, meu coração queria paz e meu amigo queria desabafar o que me daria paz, estranho como estávamos no tempo certo.
Não sei se era o único que tinha uma visão de que apenas célebres filósofos teriam as respostas para meus dilemas e hoje tenha a noção de saber que estava errado, eles não foram os únicos a ter esses problemas, nem mesmo os primeiros e nem os últimos. Descobri que aprendi mais em uma conversa de peito aberto do que em uma aula de faculdade.
 PS: o título deste texto era para ser “eu ainda acredito no amor”, por ter sido a única frase que me lembro de ter falado enquanto à minha casa retornava. Apenas troquei por achar que o “destino” faria mais sentido como título.

Um comentário:

  1. CASCA SABIAS PALAVRAS.O BOM DA VIDA E PODER VIVER E COMPARTILHAR COM AMIGOS QUE ESTAO NA MESMA CAMINHADA.DE SER FELIZ,E EVOLUIR CADA UM A SUA MANEIRA.

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