quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

AO MOÇO

AO MOÇO

7 § Uma hora eu paro com elas. Não sei se devia falar do almoço. Mas sei que vou. Chega um momento que tenho dúvidas se escrevo sobre ti, sobre nós ou sobre mim. Acho que darei uma consistência a este capítulo e terminarei falando de nós. Do almoço que o homem de cueca na cozinha tinha ciência do que seria feito. Este foi o segundo almoço dos dois. Ahhh… tenho que destacar alguns pontos. Digamos que ela é bissexual, acho que os leitores ficaram interessados... ou não, mas voltando a ela, pelo que entendi, estava a um bom tempo tendo relações apenas com mulheres. Em uma conversa que não recordo o dia ela relatara um medo de “ficar” com um “moço” novamente. Eu fiz o que julguei ser o melhor, disse a ela que não forçaria ela a nada. O máximo que a forçaria era comer o que eu prepararia e dizer que estava bom (ela fez isso nas duas vezes que almoçou comigo). Mas diferente do primeiro almoço no segundo você não estava com pressa para ir e aquilo me deixou confuso. Ainda estava do outro lado da mesa. Fiquei me constrangendo com medo de começar algo de forma imprudente e não agi. A conversa foi boa. Ainda enquanto almoçavamos descobri a culpa nela pela vida que ela levava. Uma culpa inventada por ela (sim, nem é pra tudo isso…), mas ela fazia tudo igual e sentia-se mal. Eu sem um salário e sem expectativas de melhora, meu mal era não pagar as contas. Gente, vida de adulto é uma m… Tantos problemas e ainda uma mulher dessas que eu queria roubar o sossego. Ela não vai me dar isto mesmo. Saibam vocês que ela vive de forma intensa. Eu vivo de forma intensa… de vez em quando…

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