quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

DES CULPAS

2 § A ideia é que fique mais confuso mesmo. Ri durante o sexo, não por ser cômico, mas por ser divertido. Um anúncio dizia que se escolhemos alguém sabendo o motivo aquilo era meio que objetivado. Em tempos de amor líquido de Bauman, um vinho (como ela me dizia enquanto conversávamos) não seria uma má ideia. Há uma curiosidade nisso tudo, ela também sentia uma culpa por fazer aquilo comigo (tão besta quanto a outra que fora inventada). Se você que lê acha que eu pulo de um ponto para outro com facilidade, meus caros vocês nunca devem tentar entrar na minha cabeça. Sério, é realmente delirante. Talvez eu deveria melhor explorar aquilo que as primeiras frases emitem. Sou desastrado, se escrevo assim o sexo também tem essas pitadas. Leio muita coisa, acho uma ideia legal vou lá ler, não acho legal vou lá e cutuco quem a me mostrou. Vão ler Bauman eu que não li e só sei fazer piada sobre isso, que não vou explicar a vocês. Do vinho eu posso falar, se tem algo que não pode faltar em casa é este líquido de Dionísio. Pronto falei demais do vinho. Sobre a culpa. Seria ela uma constante nas relações humanas? Há sempre uma culpa que se mostra na sinceridade do olhar, ou no calor da conversa. Seria o homem que partilhou daquele corpo. Não erro aqui. Não é uma questão, é uma constatação mesmo. O homem que lhe serve de sexo era também um homem que não deveria ter uma relação profissional com ela. Isso é motivo de culpa? Acredito que não, mas qual o motivo de criarmos sempre uma culpa? Tem um homem que conheço que sempre precisava se desculpar. A vida do cara era arranjar algo para se desculpar com as pessoas. Ele morreu.

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