domingo, 18 de dezembro de 2016

DOIS HOMENS

4 § Já estou eu confuso. Acho que devo falar da relação dela com outros dois homens. Assim talvez melhor entendam o que ela é. O primeiro que conheço a história é de um que foram ao cinema algumas vezes. Eu e ele bebíamos seguidamente. Admirava ela de tal forma, que após a sessão, o bar era uma necessidade para falar sobre o que se viu. Então lá estavam os dois. Pelo o que recordo das falas, geralmente era consumido um litro de cerveja pós cada filme. Ele me contou depois destas experiências que imaginava que ela queria ter alguma relação com ele. Mas vocês já devem imaginar quem era este homem, que vos apresento. Hoje mesmo sendo morada de seus vermes, ele conseguiu se arrepender de não ter dado um passo a mais. Talvez quando pensou em dar este passo, ali, exatamente ali, morreu. Ela ficou forte, não sei dizer se daí sentiu algo, mal a conhecia nesta época. O segundo homem, que é mais recente, foi até mesmo viajar com ela. Este cara é aquilo que imagino ser um bom ator. Sério se ver os dois juntos tu não imagina que ali acontecem uns três mundos, alguns orgasmos e muita intimidade. Ver-los, perto de outros, sabendo de tudo o que sei é meio estranho. Vejo detalhes bestas entre eles que me contenho para não apontar para não estragar a coisa entre eles. Para terem um exemplo destas trocas de carinhos tão breves entre os dois em público. Uma vez de carona ao se despedirem o braço dela passou pelo braço dele com uma suavidade e com um carinho que de ver eu fingi que não vi. Ele é um cara de beber uma taça de vinho, beber chás e ler muitos livros. Ela é tão firme e tão genial que parece um mágico, coloca o carinho como se fosse uma carta ou moeda em seu assistente e se você piscar perde.

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